Imagem: Rede Social X
Assim como a belíssima canção de Chico Buarque, dado o seu devido contexto, toda semana este jovem faz tudo sempre igual: busca conteúdos relevantes relacionados ao futebol para abordar em sua modesta coluna semanal. Desta vez, o cardápio estava recheado de boas informações. O Vozão voltou a vencer, o Fortaleza há tempos não conhece o sabor de uma derrota e as Olímpiadas estão prestes a começar. Mas, o destino reservou outra temática.
No último domingo (21), o Fortaleza superou o Atlético-GO por 3 a 1, na Arena Castelão, pela 18° rodada do Campeonato Brasileiro Série A. O triunfo sobre o Dragão, somado a uma combinação de resultados (deslizes de Cruzeiro e São Paulo), rendeu ao Tricolor do Pici a quarta posição na tabela da competição.
Diante disso, se esperava uma cobertura da imprensa, inclusive a sulista, de valorização a campanha consistente que a equipe de Vojvoda vem realizando. No entanto, eles fizeram completamente o contrário.
Em um daqueles debates convencionais dos programas de esportes, a equipe de comentaristas de determinada mídia discutia se “alguns” dos primeiros colocados do Brasileirão mostravam que poderiam perder fôlego na corrida pelo título. As discussões tratavam apenas de Botafogo, Palmeiras e Flamengo e excluía o Fortaleza.
Era como se o Campeonato tivesse um G3, ao invés de um G4. Uma tentativa escancarada de tirar do foco os clubes, que assim como o Leão do Pici, possam “ameaçar” os “grandes”. Um completo desrespeito, que desvaloriza todo o trabalho realizado pelos profissionais da instituição.
Será que São Paulo, Atlético Mineiro e Fluminense, caso ocupassem o quarto lugar na tabela, seriam esquecidos dessa forma? A resposta você já sabe.
Parece que uma parte da imprensa e do futebol nacional ainda não se acostumou com o protagonismo das equipes nordestinas. Já passou da hora de aceitar que Fortaleza, Bahia – e se Deus quiser outras equipes dessa região – estarão cada vez mais entre os melhores do país.
Não resta dúvidas, um nordestino no topo incomoda demais. Sinto dizê-los, mas vamos continuar. Parafraseando o saudoso Zagallo, vocês terão de nos engolir!