Vivemos em uma era futebolística em que o dinheiro é o motor de tudo. Dificilmente uma boa gestão e trabalho duro serão suficientes para que uma instituição de futebol consiga alcançar certos objetivos.
Dentro do nosso estado, as coisas não fogem muito disso. Podemos ver clubes dependentes do dinheiro da federação ou das prefeituras, e mesmo com uma certa quantia garantida, as conquistas são nulas, pois a verba é muitas vezes usada apenas para o time continuar existindo, mantendo-se em pé.

Apesar de termos uma lista imensa de mágoas e esperanças afundadas pela falta de dinheiro, temos alguns exemplos de clubes que se viraram com o que tinham e se tornaram sinônimo de sucesso, como o Maracanã.
Um clube com apenas 19 anos de vida que teve altos e baixos, mas soube se reerguer e hoje pode se orgulhar de ser um destaque regional e de estar invicto em sua primeira campanha a nível nacional na Série D do Brasileiro.
É uma história de superação: em 2020, o clube amargava uma Série C do Campeonato Cearense e foi com um passo de cada vez, buscando seu espaço até a elite, e neste ano chegou a uma semifinal estadual, que garantiu vaga na quarta divisão nacional em 2025 e o troféu do interior para o Alviceleste.
Em 2023, com uma quinta colocação no Manjadinho, conquistou vaga na Série D deste ano, onde o clube estreou empatando contra o tradicional América-RN e, na segunda rodada, venceu o Potiguar fora de casa.
Vale destacar a reforma do Almir Dutra. Desde 2023, o clube manda seus jogos no estádio recém-reformado, que conta com capacidade para quase 20 mil torcedores.
Já tivemos bons momentos de clubes fora do grande eixo cearense que depois voltaram para o ostracismo. Será que com o Maracanã vai ser diferente? Até onde ele pode ir?