Com uma história de realizações, no último sábado (18), o coordenador de Operação de Jogo e MatchDay do Fortaleza Esporte Clube, Sérgio Portela, recebeu nossa equipe para uma entrevista, onde compartilhou detalhes de sua trajetória profissional e da contribuição ao clube.
Com mais de uma década de experiência no esporte, Sérgio acumulou participações em eventos como a Copa do Mundo FIFA em 2014, Copa América em 2019, 2021 e 2024, jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015, Olimpíadas do Rio de Janeiro e competições da Conmebol Libertadores e Sul-Americana.
Experiência que molda carreiras
Sérgio iniciou sua jornada no esporte como voluntário na Copa das Confederações no Brasil, em 2013. A escolha, inicialmente criticada por ser uma atividade não remunerada, foi determinante para sua trajetória.
“Tentei levar isso como uma oportunidade única na vida. Fiquei com o sentimento que muito dificilmente estaria envolvido em uma situação como essa. Tentei extrair realmente o máximo disso. Conheci muita gente, fiz muitas relações de amizade, que levo até hoje, e profissionais que levo até hoje”, afirmou.
Além disso, ele destacou o papel da família em seu crescimento pessoal e profissional. Sérgio decidiu não participar das Olimpíadas de Paris em 2024, para acompanhar o nascimento de sua filha.
“Não fui para as Olimpíadas de Paris. Eu comecei a estudar lá em 2017 para isso. Para acompanhar o nascimento da minha filha e eu me arrependo um total de 0. Fico muito feliz que ela pôde nascer bem e eu pude acompanhar”, contou.
No Fortaleza EC
Hoje, no comando da Operação de Jogo e MatchDay do Fortaleza EC, Sérgio acredita que as lições aprendidas em grandes eventos o capacitaram a exercer sua função no clube.
“Eu acho que grandes trunfos desses outros eventos foi lidar melhor com o compartilhamento de informações e lidar com um monte de gente ao mesmo tempo e planejar com antecedência. Sem sombra de dúvida isso trouxe ganhos muito positivos na minha função aqui (Fortaleza EC)”, explicou.
Apesar da posição de destaque, Sérgio relembra que sua entrada no Fortaleza não foi imediata. Após trabalhar na Copa das Confederações em 2013, na Copa do Mundo no Brasil em 2014 e nos Jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015, ele tentou uma vaga no clube, mas não foi aceito logo no início.
“Eu queria voltar para trabalhar aqui (Fortaleza EC). […] Pensei que ia ser um sucesso tremendo, mas não passei nem da porta. Até hoje brinco com o Seu Márcio, que eu não passei nem da portaria”, lembrou em tom descontraído.
Ele também enxerga a profissionalização do futebol como algo em constante crescimento.
Além dos gramados
Sérgio Portela se destaca como professor, com mais de 300 alunos no projeto Futebol Interativo, e palestrante no “Do Outro Lado da Arquibancada”. A iniciativa, segundo ele, nasceu da recorrente pergunta sobre como ingressar no mundo do esporte. A palestra busca, a partir da sua trajetória e experiências, inspirar e auxiliar a carreira de novos ingressantes no mundo esportivo baseada na dedicação e na perspectiva de que é possível mudar uma realidade.
Olhando para o futuro
Entre os objetivos futuros, Sérgio menciona o desejo de contribuir para a realização da Copa do Mundo Feminina de 2027, com Fortaleza possivelmente como uma das cidades-sede. Ele já participou das visitas de inspeção da FIFA e acredita no potencial da cidade para receber o evento.
Além disso, ele vê a possibilidade de, no futuro, viver grandes eventos como torcedor. Sérgio destaca a Copa do Mundo de 2034, que deve ocorrer no Oriente Médio, como uma oportunidade de vivenciar o futebol ao lado de sua filha em um contexto de alta tecnologia e inovação.
Por fim, Sérgio reforça a importância do trabalho voluntário como porta de entrada para o mercado esportivo, especialmente para os jovens, a exemplo da sua carreira e trajetória.
Texto e entrevista: Analice Nobre
A matéria completa com todos os detalhes da entrevista, em formato audiovisual, será publicada em breve nas nossas redes sociais.
